A ruptura do tendão do bíceps é uma lesão causada no músculo do bíceps (aquele onde fica o “muque”). Como ele é um dos tendões que faz a ponte do braço ao ombro, esse tipo de trauma pode prejudicar muitas atividades do cotidiano. Mesmo que muitas pessoas ignorem a lesão e convivam com as dores, elas podem ser incapazes de realizar atos simples como girar a palma da mão para cima e para baixo.

A lesão acontece com o desgaste contínuo da área, que é agravado pela idade; por uma queda em que a região amortece a caída ou por levantar muito peso com os braços.

Esse cenário é mais facilmente atingido caso a pessoa seja idosa ou faça atividades excessivas com os ombros como o carregamento de peso; seja fumante e usuária de medicamentos corticosteroides, que afetam a resistência dos ligamentos. Dessa forma, o grupo que apresenta maior risco de desenvolver uma ruptura são idosos, halterofilistas e profissionais que precisam carregar pesos em sua rotina.

Os sintomas são reconhecidos com certa facilidade, visto que usamos nossos braços para diversas atividades cotidianas e dores súbitas e agudas na região são os primeiros sinais de que algo está errado. Também pode ocorrer o aparecimento de equimoses (manchas negras) no braço em direção ao cotovelo. Dores, sensibilidade e fraqueza no bíceps também é comum, assim como a dificuldade de girar a palma da mão para cima e para baixo. Quando há uma lesão completa, forma-se uma deformidade no meio do braço, assemelhando-se aos músculos do Marinheiro Popeye.

O exame pode ser feito pelo toque de um médico da área ortopédica ou por ressonância magnética (um procedimento melhor que a radiografia para tecidos moles) que conseguem detectar lesões parciais do bíceps e do cotovelo.

O tratamento pode ser feito com intervenção cirúrgica ou não. Só é indicada a cirurgia em casos extremos ou quando o paciente precisa retomar a força do ombro mais rapidamente – como atletas ou pessoas que necessitam dos ombros para trabalhar. Descansar o ombro, com a ajuda de uma tipoia, aplicar compressas de gelo e evitar atividades que envolvam o movimento da região, são medidas para recuperar o tendão. Para tornar a recuperação mais rápida e completa, o tratamento deve ser acompanhado por um fisioterapeuta.