O sistema músculo-esquelético do corpo humano é o engenho mecânico mais completo já projetado pela natureza, capaz de executar variadas ordens emitidas pelo cérebro. Os ossos estão preparados para resistir a fortes e bruscos movimentos, graças a sua estrutura interna composta por fibras de colágeno e cristais salinos que garantem às peças esqueléticas a resistência.

Entretanto, algumas práticas, quando constantes, podem prejudicar esse sistema. O alcoolismo é uma delas. Cerca de 13% da população mundial sofre desse mal, fazendo com que o número de pesquisadores que se dedicam ao seu estudo aumente significamente ao longo dos anos.

Investigadores médicos da Universidade Loyola de Chicago revelaram que consumir exageradamente bebidas alcoólicas pode aumentar a diminuição da massa óssea e da força. O álcool afeta as quantidades de RNA, ou ácido ribonucleico, uma molécula associada à saúde dos genes dos ossos. E a expressão de determinados genes importantes para manter a integridade do osso é perturbada pela exposição ao álcool.

Com alguns genes o álcool aumenta a quantidade de RNA, enquanto que com outros o álcool diminui o RNA. A alteração das quantidades de RNA perturba dois caminhos moleculares responsáveis pelo metabolismo normal do osso e pela manutenção da massa óssea.

Com alterações no metabolismo, o rendimento físico também se altera. As atividades físicas podem dar menos resultados. Na musculação, por exemplo, em exercícios onde as regiões mais altas como os ombros e os braços são mais usados, o prejuízo pode ser maior. Pois com essas áreas, que são a sustentação dessa parte do corpo, fracas, fica difícil para o atleta continuar com a sua série.

A melhor maneira para prevenir essa perda óssea induzida pelo álcool é, evidentemente, não beber ou beber moderadamente. Contudo, quando a prevenção não resulta, é necessário ter outras estratégias para limitar os danos.