O manguito rotador é o principal grupo muscular responsável pela movimentação do ombro. A tendinite do manguito rotador é a causa mais comum de dores nos ombros, sendo mais recorrente acima dos 40 anos, com predominância de causas traumáticas. A síndrome de impacto pode estar associada ao depósito cálcico tendíneo. É importante estar atento à evolução das lesões, para que o tratamento correto seja aplicado.
O impacto que causa atrito e posterior degeneração ocorre durante a elevação anterior do braço contra a superfície inferior do acrômio, nome dado à projeção do osso da extremidade externa da clavícula. Podemos classificar três fases clínicas: abaixo dos 25 anos – dor aguda após esforço prolongado; entre 25 e 40 anos – o paciente queixa-se de dor noturna e após atividades; acima dos 40 anos – o paciente apresenta dor contínua com perda da força de mobilização devido à ruptura completa de um ou de vários tendões.
As rupturas do manguito rotador são identificadas após lesões traumáticas, como fratura da cabeça umeral e luxação do ombro. Muitos pacientes não apresentam antecedentes traumáticos, pois a degeneração do manguito rotador ocorre gradualmente. As rupturas são classificadas como: pequena (menos de 1 cm), média (1-3 cm), grande (3-5 cm) e acentuada (maior de 5 cm). É importante procurar ajuda médica ao sentir fraqueza no movimento de abrir o braço e perda da mobilidade, que podem ocorrer em vários graus.
O diagnóstico de ruptura do manguito é feito por meio dos exames de artrografia, ultrassonografia e ressonância nuclear magnética. O tratamento pode consistir em repouso articular, ingestão de anti-inflamatórios não hormonais, aplicação de calor local, gelo ou de ultrassom, além de exercícios específicos para cada paciente. Em sinais de queda do braço com incapacidade para manter em 90°, indica-se tratamento cirúrgico.